15.11.08

Residência Universitária - Casa de Portugal - Paris

A Casa de Portugal (Residência André Gouveia) é uma das residências universitárias da Cité Internationale Universitaire de Paris. Em 1960, a Fundação Calouste Gulbenkian compremeteu-se com a CIUP a mandar construir no seu parque uma residência para os estudantes portugueses.

Foi alvo de uma reabilitação em 2007, através do atelier AAVP Architecture, que lhe atribuiu nova "pele" perfurada dourada, recriando o motivo do pavimento da calçada envolvente. É actualmente um dos marcos arquitectónicos desta cidade universitária, sendo uma das residências mais modernas. O arquitecto deste projecto, Vincent Parreira, é francês de origem portuguesa.
A principal intervenção foi o trabalho efectuado nas fachadas. O corpo existente foi totalmente pintado de um cinza escuro. A segunda pele está afastada da fachada, permitindo criar acessos, tanto para o jardim, como para o ré-de-chão. Pontualmente, foi aplicada sinalização fluorescente, que cria um jogo aleatório de luzes com os faróis dos caros que passam na avenida. Este jogo de luz cénico é bastante adaptado à configuração urbana do edifício.

10.11.08

Monotorização de uma obra de arquitectura - LxFactory

Após a exposição dos projectos de Peter Zumthor na LxFactory, este novo espaço de Lisboa acolhe agora através da Gente da Casa, a exposição Monotorização de uma obra de arquitectura.

"O projecto Gente da Casa nasce da vontade de dar expressão e visibilidade a um conjunto de profissões e profissionais que, normalmente, só por acidente ou por ocorrências relacionadas com questões laborais e legais, são alvo de notícia e interesse por parte do resto da sociedade civil. No entanto, essas profissões e pessoas são os edificadores do território em que habitamos, das nossas casas, das nossas cidades, dos lugares onde vivemos. O projecto cruza diversas linguagens e sensibilidades artísticas – Arquitectura, Vídeo, Fotografia e Sonoplastia. Estas foram usadas para indagar e retratar, a uma escala local, uma actividade económica global e fundamental nas sociedades contemporâneas – a construção.

O que propus ao António Câmara, director do Festival Temps d’Images foi uma metáfora: que o
plateau da obra fosse visto como o palco de uma peça de teatro em construção e os seus trabalhadores como os personagens da mesma. A captura de imagens ao longo do tempo da construção constituiria o making of da peça, que na realidade seria uma exposição e um filme/documentário sobre o processo construtivo e os seus intervenientes.

Ao longo de 14 meses, entre Maio de 2007 e Julho de 2008, acompanhámos todos os trabalhos e os cerca de 100 trabalhadores dos vários ofícios e especialidades. No total foram registadas cerca de 7000 imagens fotográficas e 60 horas de vídeo e som de material muito diverso."

in: Festival Temps d'Images - Portugal 2008/Press

A exposição está inserida no Festival Temps D'Images - Portugal 2008.