O Presidente da Câmara de Paris criou a surpresa dia 25 de Setembro, divulgando um novo projecto para uma torre na capital francesa. Melhor que uma torre, é mesmo uma pirâmide que projecta edificar na Porte de Versailles.
Outra surpresa, o tamanho do triângulo: a sua altura. Segundo os primeiros elementos do projecto, esta poderá atingir os 200m. Mas no Câmara de Paris como nos arquitectos, já se fala na possibilidade de ultrapassar a barreira dos 210m da torre Montparnasse. A pirâmide da Porte de Versailles tornaria-se assim o mais alto edifício de Paris intra-muros.
O Triângulo está concebido para se integrar no parque de exposições da Porte de Versailles. Mas para lá dos espaços previstos para as salas e sedes de empresas, as pisos superiores serão equipados de restaurantes e outros "lookouts" que poderão acolher os particulares.
Pensado como um "bocado de cidade", a pirâmide deverá desenvolver várias redes de circulação verticais e horizontais. O Triângulo terá portanto avenidas, ruas, passagens pedonais e várias praças de diferentes escalas.
O Triângulo estará situado entre a avenida Ernest Renan e a praça da Porte de Versailles, por detrás do Palais des Sports. Este espaço, situado na fronteira do sul da capital, carece hoje de legibilidade segundo os urbanistas e marca uma ruptura com os concelhos limítrofes de Issy-les-Moulineaux e de Vanves. A torre deverá permitir uma abertura para essas cidades da pequena periferia.
Próxima dos quarteirões residenciais e muito alta, a torre poderia constituir um problema ambiental e visual, projectando a sua sombra nos edifícios vizinhos. É a partir desta problemática que nasce a sua forma piramidal, mas também a sua orientação, favorecendo energias solar e eólica.
No seu topo, a forma esguia e cristalina do Triângulo permite-lhe simultaneamente inscrever-se no estilo "Hausmaniano" da capital e no dinamismo urbano desencadeado pela Câmara de Paris. A cidade quer dotar-se de torres contemporâneas para sublinhar o seu dinamismo urbano e económico.
Quarteirão de cidade "vertical", o Triângulo quer-se aberto a numerosas categorias públicas. Alguns espaços abertos nos pisos e uma praça mais alta, ao nível dos telhados de Paris, deverão oferecer uma vista inexpugnável sobre a capital. A base também será aberta a todos a partir da Porte de Versailles.
© Herzog & de Meuron
Dificilmente se reconhece a marca inconfundível de Jacques Herzog e Pierre de Meuron, dirão muitos, mas de facto, este é o novo desafio arquitectónico da dupla de Basiléia, para a cidade de Paris.
Esta nova pirâmide esguia, ao jeito de uma barbatana de tubarão, junta-se ao imenso conjunto de novos arranha céus previstos para a cidade e ao desejo politico-económico em dar novo brilho à cidade luz.
O plano urbanístico da zona foi modificado propositadamente para este projecto, pois apenas previa construções até 37m de altura. A torre apresentada dia 25 mede 180m, mas Jacques Herzog confidenciou que espera subir até aos 211m, «não é megalomania, apenas para ultrapassar os 210m da torre Montparnasse». Mas vamos ser realistas, a mim o que me impressiona mais nem é a sua altura, mas sim a sue espessura!!!
Bem, após alguma pesquisa, descobri que afinal o projecto não partiu da dupla, mas apenas de Jacques Herzog, pois parece que Pierre de Meuron anda ocupado com projectos de estádios nos quatro cantos do planeta. Também parece que o promotor da obra é privado (Unibail), e que estes queriam um edifício dividido em dois: do lado periférico, escritórios, do lado cidade de Paris, um hotel, tendo na base espaços reservados a congressos. Mas a câmara de Paris acrescentou-lhe espaços públicos tais como lojas, bares, restaurantes, piscina, biblioteca, jardins e um Museu das línguas do mundo.
Afinal parece que existem câmaras decentes no mundo, que ainda se preocupam em abrir novos espaços públicos para o cidadão comum.
Deixo-vos com um pequeno vídeo do projecto aqui.
O Triângulo está concebido para se integrar no parque de exposições da Porte de Versailles. Mas para lá dos espaços previstos para as salas e sedes de empresas, as pisos superiores serão equipados de restaurantes e outros "lookouts" que poderão acolher os particulares.
Pensado como um "bocado de cidade", a pirâmide deverá desenvolver várias redes de circulação verticais e horizontais. O Triângulo terá portanto avenidas, ruas, passagens pedonais e várias praças de diferentes escalas.
O Triângulo estará situado entre a avenida Ernest Renan e a praça da Porte de Versailles, por detrás do Palais des Sports. Este espaço, situado na fronteira do sul da capital, carece hoje de legibilidade segundo os urbanistas e marca uma ruptura com os concelhos limítrofes de Issy-les-Moulineaux e de Vanves. A torre deverá permitir uma abertura para essas cidades da pequena periferia.
Próxima dos quarteirões residenciais e muito alta, a torre poderia constituir um problema ambiental e visual, projectando a sua sombra nos edifícios vizinhos. É a partir desta problemática que nasce a sua forma piramidal, mas também a sua orientação, favorecendo energias solar e eólica.
No seu topo, a forma esguia e cristalina do Triângulo permite-lhe simultaneamente inscrever-se no estilo "Hausmaniano" da capital e no dinamismo urbano desencadeado pela Câmara de Paris. A cidade quer dotar-se de torres contemporâneas para sublinhar o seu dinamismo urbano e económico.
Quarteirão de cidade "vertical", o Triângulo quer-se aberto a numerosas categorias públicas. Alguns espaços abertos nos pisos e uma praça mais alta, ao nível dos telhados de Paris, deverão oferecer uma vista inexpugnável sobre a capital. A base também será aberta a todos a partir da Porte de Versailles.
© Herzog & de Meuron
Dificilmente se reconhece a marca inconfundível de Jacques Herzog e Pierre de Meuron, dirão muitos, mas de facto, este é o novo desafio arquitectónico da dupla de Basiléia, para a cidade de Paris.
Esta nova pirâmide esguia, ao jeito de uma barbatana de tubarão, junta-se ao imenso conjunto de novos arranha céus previstos para a cidade e ao desejo politico-económico em dar novo brilho à cidade luz.
O plano urbanístico da zona foi modificado propositadamente para este projecto, pois apenas previa construções até 37m de altura. A torre apresentada dia 25 mede 180m, mas Jacques Herzog confidenciou que espera subir até aos 211m, «não é megalomania, apenas para ultrapassar os 210m da torre Montparnasse». Mas vamos ser realistas, a mim o que me impressiona mais nem é a sua altura, mas sim a sue espessura!!!
Bem, após alguma pesquisa, descobri que afinal o projecto não partiu da dupla, mas apenas de Jacques Herzog, pois parece que Pierre de Meuron anda ocupado com projectos de estádios nos quatro cantos do planeta. Também parece que o promotor da obra é privado (Unibail), e que estes queriam um edifício dividido em dois: do lado periférico, escritórios, do lado cidade de Paris, um hotel, tendo na base espaços reservados a congressos. Mas a câmara de Paris acrescentou-lhe espaços públicos tais como lojas, bares, restaurantes, piscina, biblioteca, jardins e um Museu das línguas do mundo.
Afinal parece que existem câmaras decentes no mundo, que ainda se preocupam em abrir novos espaços públicos para o cidadão comum.
Deixo-vos com um pequeno vídeo do projecto aqui.
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